Desde os tempos mais antigos, as Ervas são usadas tanto no tratamento terapêutico de doenças e distúrbios do corpo humano, como também são procuradas por seus efeitos vibracionais e espirituais.
Sabe-se que, antes mesmo de surgir a escrita, o ser humano já usava as plantas para fins alimentares, medicinais e sacerdotais. As plantas foram os primeiros remédios e os primeiros perfumes. Em suas buscas, o homem foi descobrindo as qualidades de cada erva: quais serviam de alimento, de medicamento, como alucinógeno, como veneno e muitas outras propriedades. E até hoje, o poder das ervas é utilizado para tratar e curar pessoas de males físicos, mentais, emocionais e espirituais.
As Ervas fazem parte da vida humana desde as mais Antigas Civilizações:
Os Egípcios utilizavam ervas aromáticas (como tomilho, anis, coentro, cominho, papoula e alho) na medicina, cosmética, culinária e em sua técnica de embalsamamento.
Os Sumérios, considerados fortes agricultores, possuíam receitas tão preciosas com ervas que somente os grandes sacerdotes e feiticeiros as conheciam. Essas receitas eram guardadas na memória dos sábios e somente eram transmitidas a seus substitutos na velhice. Nos escritos sumérios, há referências a ervas como erva-doce, beldroega e alcaçuz, por exemplo.
Na Índia, encontramos um dos maiores usos das ervas medicinais e mágicas da história (as primeiras referências a elas se encontram nos Vedas). Para os Hindus, as ervas eram filhas diretas dos deuses, e por isso eram consideradas grandes fontes de conhecimento, capazes de limpar o corpo e prolongar a vida. Na Antiguidade, elas só podiam ser colhidas por pessoas consideradas “puras”.
Na Mitologia Grega, as plantas aparecem como símbolos mágicos e representativos dos deuses. E o mesmo acontece na mitologia de outros povos (como na Escandinava e Celta, por exemplo).
O povo Maia utilizava “Plantas de Poder” em suas cerimônias, pois acreditava que elas eram capazes de proporcionar uma maior conexão com as forças divinas. Semelhante ao que acontece na cultura Indígena até hoje.
No nascimento de Jesus Cristo, dois dos presentes dos Reis Magos são ervas em resina: a Mirra e o Olíbano (que são incensos espirituais extraídos da goma de plantas balsâmicas).
As Ervas são poderosas porque se desenvolvem absorvendo as forças da Terra, do Ar, da Água, do Sol (Fogo) e da Energia Vital que interpenetra todos os seres vivos. Ou seja, as Ervas têm vida.
Na Magia Natural, as Ervas têm alma e são grandes mestres que querem nos passar grandes mensagens e lições. Tanto as plantas como os demais elementos da Natureza, por estarem aqui na Terra há muito mais tempo do que nós, são considerados nossos “ancestrais espirituais" dentro da Magia Natural.
Como as plantas são grandes acumuladoras de energia da Natureza e do Universo, elas podem ser intermediárias em um processo mágico, atuando como uma “ponte” para aumentar o nosso nível de absorção também.
Embora toda Erva seja uma acumuladora de energias da Natureza, cada uma delas pode carregar um tipo de força particular – o que faz cada planta atuar melhor diante de diferentes necessidades nossas. É por isso que temos plantas específicas para trabalhar Amor, Prosperidade, Alegria, Proteção, e por aí vai...
Além de suas propriedades medicinais, todas as plantas possuem um poder sutil, oculto e mágico, que pode ajudar a mudar a nossa realidade e nos fazer alcançar algo que desejamos. O emprego das plantas na Magia utiliza esse poder oculto contido na estrutura essencial das ervas; mas é preciso saber despertar e direcionar essa energia acumulada utilizando as intenções e o foco no objetivo.
Quando manipulamos e direcionamos as Ervas corretas para as nossas metas específicas, é como se elas criassem uma espécie de “campo de força” favorável ao
alcance desses objetivos. Esse campo permite que você deixe sua Magia não apenas mais intensa e eficiente, mas também mais “simples e fácil” de ser atingida (assim como banhos, escaldas pés e etc.)
O trabalho com as ervas mágicas é como uma majestosa dança entre o
domínio do saber e a entrega ao processo. É sobre estudá-las e testá-las — mas é também sobre escutá-las, percebê-las e dialogar com elas.
É buscar entender o que elas revelam sobre nós...
Érica Patrícia (Cigana de Luz)
Insta: cigana.de.luz_
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